;

domingo, 6 de setembro de 2009

O Verdadeiro Dom de Línguas

Exegese do Dom de línguas no NT

5 referencias ao dom de línguas no NT (Atos 2; 10; 19; ICo 12; 14; Mc 16:9-20)
Atos 2 – 4 interpretações para essa passagem:
1. Os discípulos falaram em grego, que todos os presentes entendiam ... (diminui a natureza do milagre)
2. Milagre consistiu na faculdade de entender – o milagre não fora um dom de línguas, mas de ouvido, faculdade de entender...
3. Discípulos teriam falado línguas extáticas (resultantes de um estado de transe - ininteligíveis) – seriam a mesma de I Co 12, 14
4. Línguas estrangeiras – os discípulos falaram línguas estrangeiras...
* Línguas maternas – o fenômeno envolveu línguas humanas ...vv 6, 8, 11 ... Línguas – exp. grega dialectos -
* vv 12,13 – vs. de argumentos fortíssimos de que ocorreu naquele fenômeno não fora a faculdade de entender, mas algo falado ... Não teria havido surpresa de ninguém se eles tivessem falado em grego, não teriam sido acusados de embriagues ... Da mesma forma as evidencias aqui aponta para um milagre de fala e não de entender .... Provavelmente Pedro pregou o sermão principal em grego, os discípulos então traduziram para cada língua materna das nações ali representadas ...
EGW, AA 39-40 –
"E em Jerusalém estavam habitando judeus, varões religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu." Atos 2:5. Durante a dispersão os judeus tinham sido espalhados por quase todas as partes do mundo habitado, e em seu exílio tinham aprendido a falar várias línguas. Muitos desses judeus estavam nessa ocasião em Jerusalém assistindo às festas religiosas que então se realizavam. Cada língua conhecida estava por eles representada. Esta diversidade de línguas teria sido um grande embaraço à proclamação do evangelho; Deus, portanto, de maneira miraculosa, supriu a deficiência dos apóstolos. O Espírito Santo fez por eles o que não teriam podido fazer por si mesmo em toda uma existência. Agora podiam proclamar as verdades do evangelho em toda parte, falando com perfeição a língua daqueles por quem trabalhavam. Este miraculoso dom era para o mundo uma forte evidência de que o trabalho deles levava o sinete do Céu. Daí por diante a linguagem dos discípulos era pura, simples e acurada, falassem eles no idioma materno ou numa língua estrangeira.
Atos 10 – “Experiência de Cornélio” – ênfase de todo o episódio está na igualdade do fenômeno do pentecostes, fenômeno que ocorreu na casa de Cornélio foi o mesmo que ocorreu no dia de pentecostes ... (Atos 15:8-9) – não há distinção entre judeus e gentios
O Fenômeno em Atos 2 – objetivo pregação do evangelho – uma capacitação
O Fenômeno em Atos 10 – objetivo convencer a igreja (judeus) de que Deus estava abrindo as portas de sua igreja aos gentios – igualdade de dons – uma vindicação
Atos 19:1-7 – Paulo esta em Éfeso, encontra um grupo de Cristãos que nunca ouviram falar do Espírito Santo –
Alguns discípulos – vários comentaristas bíblicos afirmam que esses eram discípulos de João Batista uma seita de João Batista (Lit. Pseudo-Clementina fala de uma seita batista nas gnóstica 3º e 4º séc. de nossa era)
Refutação: A palavra discípulos (sem qualitativos) no livro de atos sempre se refere aos discípulos de Jesus, sem exceção ...
Quando crestes – a pergunta de Paulo “quando crestes” aponta diretamente para a crença em Jesus e não em João Batista portanto aqui temos 12 discípulos de Jesus, 12 cristãos, poderiam ter sido disc. de João Batista, mas quando Paulo os encontrou já eram disc. de Jesus ...
Batismo Morte Pentecostes
Batismo de João pode ser interpretado:
O que João ministrava
Um batismo semelhante ao de João
Judeus da diáspora que tiveram contato com Jesus e foram batizadas no batismo do arrependimento antes do pentecostes não ouviram os últimos acontecimentos acerca dos discípulos, estavam a margem do desenvolvimento da igreja ....
Eram chamados Discípulos antigos = discípulos pré-pentecostes
Qual a necessidade porém daqueles homens falarem em línguas ???
Havia a necessidade do ministério apostólico de Paulo ser vindicados, como poderiam aqueles discípulos crer em alguém que não conheciam, se Paulo não fazia parte dos 12 apóstolos ....
Propósito do fenômeno – vindicação do ministério apostólico de Paulo ....
I Co 12 e 14 – a 1ª impressão que temos era de que as línguas ali eram estáticas (não humanas), pois em I Co. 13 Paulo fala ... “ainda que eu fale a língua dos anjos”
14:2 – fala a Deus, fala em espírito a Deus
14:28 – não houver interprete fique calado, falando sozinho com Deus;
1. A ênfase de Paulo em todo o capitulo não está no falar em línguas, a ênfase é na inteligibilidade das línguas...
vv 7-9 – ênfase inteligibilidade
vv 16-19 – ênfase inteligibilidade
vv 22 – língua um sinal não para os crentes, mas para os incrédulos
vv 27-28 – no máximo 2 alternadamente, havendo interprete ....
Paulo não está defendo o dom de língua mas a inteligibilidade do dom, do começo ao fim do capítulo ...
2. Para entender esse capítulo precisamos entender dois aspectos que Paulo faz distinção entre 1) língua e línguas; 2) faz uma qualificação entre elas:
a. Língua (singular) – vv 2-4, 7-17, 26-36;
b. Línguas (plural) – vv 5, 6, 18-35, 39;
A expressão singular é sempre acompanhada por observações negativas ou restritivas, ao passo que o plural sempre aparece sob uma perspectiva positiva ... É um fato conhecido que algum grupo da antiguidade já se envolvia em experiência estática (transes) e de que algumas dessas manifestações eram acompanhadas de certo teor lingüístico, estudos lingüísticos do fenômeno carismático pentecostal de línguas tem revelado que tais línguas são falhas, não corresponde a nenhuma língua conhecida, consiste unicamente de sons desconhecidos, repetitivos, desordenados sem vocabulário, sem feições gramaticais que distinguem essas línguas , simuladas feições estrangeiras, ausência total de estrutura ou características de idioma ... É provável que na igreja de Corinto estivesse ocorrendo manifestações estáticas e Paulo resolve atacar o problema de uma perspectiva diferente ... em vez de falar diretamente que isso era obra do diabo, desqualifica aquela língua estática de forma sutil, e qualifica o dom verdadeiro de línguas estrangeiras (plural) que até então ocorreram na igreja primitiva ...
vv 7-12 –
vv 16-19 –
Duas manifestações do dom de línguas na Igreja de Corinto:
1. A Contrafação do dom de línguas;
2. O verdadeiro dom de línguas manifestado na igreja primitiva;
 Inteligibilidade, compreensão e edificação – elementos necessários para o verdadeiro dom de línguas ...
Marcos 16:9-20 – é uma variante, um acréscimo posterior... Acredita-se que o final original de Marcos tenha se perdido ... Evidencia forte bastante ... Teologicamente falando a um detalhe que compromete esse acréscimo ... vv 16-18 – expelirão demônios, falarão novas línguas ... O texto parece trazer um conceito de obrigatoriedade de tais sinais aos que crêem, notem obrigatoriedade e não possibilidade.
O adjetivo grego usado para “novas” línguas – neós // kainós
Neos – novo cronologicamente falando (carro 0km)
Kainós – novo na qualidade (ex. carro conservado)
O fato de o adjetivo usado ser kainos favorece a rejeição da posição dos pentecostais. O texto não fala de uma língua inédita, mas de uma língua já existente ...

Nenhum comentário: